quinta-feira, 4 de junho de 2009

22:22

Não tem um dia que, sem querer, eu não olhe no relógio e veja 22:22.
É incrível. E normalmente o horário em que me disponho a escrever.
Mas não hoje.

Hoje desperdicei meu dia em sono, fugindo da lucidez que encontro em ver o mundo passar sem poder abraçar a tudo.
Ao invés, abracei uma árvore.
Quando acordei, já anoitecia, vi que deixei minhas plantas secarem na janela, no frio do lado de fora. Enquanto tudo é revertido em cor e as pedras absorvem o sol durante a manhã, o frio do lado de fora começa a entrar aqui, procurando frestas na porta do meu coração aberto.

Peço desculpas, porque talvez eu deva fechá-lo até o inverno ter fim. Não deixarei trancado, bata à porta, caso queira entrar.

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