segunda-feira, 7 de junho de 2010

mas é que eu adiei demais.

Pelo final do domingo escolhi sangrar, mas em silêncio. Escolhi um esmalte rubro-intenso e minhas unhas choraram sobre a semana derramada.

São dez graus de manhã.
Eu sinto algo pulsar contra as paredes que fiz pra mim e ainda não aprendi a desfazer.
Já fui solta, fugitiva, irredutível. Isso foi reduzindo aos poucos, desde a tarde em que o sol queimou o céu de agosto e nunca mais voltou a refletir daquele jeito, naqueles prédios.
Hoje sou eu quem vê através dos vidros espelhados e nem graça tem, de lá não fujo, permaneço na cadeira enquanto o céu se abre e só saio quando escurece.

Na verdade, não é pelo final do domingo a cor de sangue. É pelo fim do completo, do inteiro e pelo começo por uma busca de algo parecido com intensidade.

4 comentários:

b disse...

Putz, e esse 7 não foi proposital.
Tinha que ser sete. Dammit!

Anônimo disse...

Meu deus boo.
Voltouuu! hahaha
lindo demais.

Saudade de ti.

rage_art disse...

sumida.... lindas junções de palavras como sempre
=*

La Moranga disse...

Precisamos regar um café com conversa.