Pelo final do domingo escolhi sangrar, mas em silêncio. Escolhi um esmalte rubro-intenso e minhas unhas choraram sobre a semana derramada.
São dez graus de manhã.
Eu sinto algo pulsar contra as paredes que fiz pra mim e ainda não aprendi a desfazer.
Já fui solta, fugitiva, irredutível. Isso foi reduzindo aos poucos, desde a tarde em que o sol queimou o céu de agosto e nunca mais voltou a refletir daquele jeito, naqueles prédios.
Hoje sou eu quem vê através dos vidros espelhados e nem graça tem, de lá não fujo, permaneço na cadeira enquanto o céu se abre e só saio quando escurece.
Na verdade, não é pelo final do domingo a cor de sangue. É pelo fim do completo, do inteiro e pelo começo por uma busca de algo parecido com intensidade.
4 comentários:
Putz, e esse 7 não foi proposital.
Tinha que ser sete. Dammit!
Meu deus boo.
Voltouuu! hahaha
lindo demais.
Saudade de ti.
sumida.... lindas junções de palavras como sempre
=*
Precisamos regar um café com conversa.
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